sábado, 4 de setembro de 2010

O Bebê do VÔ!

Opa! Seu VÔ está aqui

Você através de um sonho

Há oito dias

Apresentou-se pra mim

Com um sorriso suave

Um olhar sereno

Um rosto angelical

Nesse meu sonho tinham várias pessoas

Mais você se curvava por muitas vezes numa cadeirinha

A minha procura naquela multidão

Me chamou a atenção

E quando nos encontramos fixamos o nosso olhar

E com o seu sorriso tão leve e pontual

Anunciava a sua chegada

Obrigado, mil obrigado meu bebê

Por teu vô te ver

E poder agradecer a Deus

Pelo presente do céu

O seu Pai Celo, o meu filho amado e a minha e sua e querida mãe Fabiola

Esperam por você.

Todos nos esperamos

Todos nós vibramos por você

E essa energia de felicidade

Que alegra a minha alma

Te espera

Venha como a aurora meu bebê

Que na sua simplicidade

E com seus raios de brilhos

Faz um grandioso espetáculo na vida

E em particular a minha vida.

A vida de seu VÔ

Deus te cubra de benção

E que Deus seja sempre e esteja sempre ao seu lado

E que a parte que tenho em você

Entrego nas mãos do Senhor.

Sorte, sorte, sorte.......

Beijos de seu VÔ que já te ama

Celso Almeida de Lacerda

01 de setembro de 2010

sábado, 14 de agosto de 2010

Hoje é o meu aniversário- 15 de agosto

Quando se fala em aniversário lembra-se de presentes. E hoje quero me presentear não com coisas materiais, mas sim com coisas realmente que alimentam a minha alma. Ainda deitado na cama faço uma retrospectiva na minha vida e seleciono os presentes mais belos que tenho. Também não se esquecendo daqueles que me serviram de aprendizagem e crescimento e que não foram esquecidos, mas sim guardados na minha historia que nunca pode se apagar. Por que para que eu possa selecionar os mais belos presentes tenho que trazer a tona todos àqueles que me foram dispensados mesmo inconseqüentemente.

Vamos lá para os presentes mais belos que tenho e que brilham na minha história:

a minha vida

a minha fé em Deus

os meus filhos amados: Celo e Gabi

a minha mãe: Terezinha

os meus irmãos: Cicero, Zequinha e Washington

a minha família Lacerda

A publicação do meu livro autobiográfico já indo para a editora

a minha UNEB

a minha FAAHF

os meus alunos e alunas de ciências contábeis

os meus colegas professores e professoras

os meus objetivos sendo realizados

a educação que tem me proporcionado felicidade

o meu mestrado em Ciências da Educação

os meus valores

a minha auto estimo

a minha crença

o meu reconhecimento

a minha plenitude no que faço

a minha liberdade que me move

o meu humor

o meu sorriso

o meu poder de decisão

o meu entusiasmo

Por tudo isto quero fazer outros aniversários

e sempre brindar com o que tem de melhor “ser eu mesmo”.

Acompanhado de gentes maravilhosas

Que me presenteia todos os dias com a amizade, carinho, respeito e suas presenças.

MUITO OBRIGADO MEU DEUS!

Feliz Aniversário

Celso Almeida de Lacerda

Salvador, 15 de agosto de 2010.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O LIVRO: EDUCAÇÃO, OBRIGADO PELO MEU FALAR


Em breve lançamento do meu livro autobiográfico

Educação, obrigado pelo meu falar.

Livro de autoria de Celso Almeida de Lacerda. Essa obra literária revela fatos sobre a vida do autor, sua história pessoal e também no que tange ao mundo e aos relacionamentos entre as pessoas, valorizando a união, a família e o amor . O livro narra também o transitar do autor numa realidade que viveu e conviveu, referenciada pela indiferença e a superção da dificuldade motora da fala (gagueira) e o desafio de olhar a educação como um todo nos processos de inclusão, nas relações entre a sociedade e educação.
Conta os seus primeiros passos no berço familiar, na escola com seus colegas e professores, na comunidade, que marcaram de algum modo a sua vida.
No desenvolvimento dessa obra literaria , para o autor o passado deve evidenciar um sentido pedagógico e contribuir como ensinamento para as gerações presentes e futuras.
O desenlace comovente deste livro é emocionante de tal forma que algumas lagrimas somadas aos risos lavam a alma, tem um pouco de humor e muda o nosso jeito de olhar a vida e, consequentemente, olhar as pessoas, olhar a natureza e olhar tudo ao nosso redor. O leitor precisa refletir e avaliar para poder perceber a beleza do amor.

domingo, 8 de agosto de 2010

MEU GRANDE PAI

Pai...
Onde você estiver quero desejar-te
Toda a luz do mundo.
Seu filho esta aqui.
Fazendo valer todos aqueles conselhos.
Sei que foi e está sendo muito difícil
Não ter a sua presença, mas saiba
Que estou e estarei sempre fazendo renascer
Aqueles momentos nossos.
É pai...
Por mais que me queira sentir inteiro
Sei que nunca vai ser possível
Ainda me falta você.
É meu velho Cícero...
Seu filho mudou tanto
Consegui e estou conseguindo
Realizar alguns dos meus sonhos
Sou professor e estou publicando um livro
Seu nome pra meu orgulho está lá.
Meu gaguejar se apresenta na minha vida
Como um massagear das minhas cordas vocais.
Fica com Deus e comemora com ele
Mas um dia quem sabe estaremos juntos
Para te beijar, olhar dentro dos seus olhos e dizer: PAI te amo.
A sua benção, Pai.
Celso Almeida de Lacerda

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

PAI

Pai
Quanto tempo
Quantas chuvas
Quantos dias
Quantas noites
Sem você.
Procuro-lhe na imensidão do céu
Não lhe encontro
Dar-me um vazio...
Não sinto mais o seu cheiro
A sua falta me deixou muito triste
E sem entender.
As poucas lembranças vivas
No meu coração:
São dos seus olhos verdes,
Das suas pegadas de lama
Que ficavam na sala
Quando você chegava do trabalho
E quando você chamava a mim
E aos meus irmãos de filhos amados.
Pai eu também tenho filhos,
São amados.
Pena que eles não lhe conheceram,
Mais eu procuro lhe imitar,
Falo sempre de você.
Pai continuarei a lhe procurar
No infinito
Na certeza de um dia
Encontrar-lhe.


Profº MSc. Celso Almeida de Lacerda

domingo, 1 de agosto de 2010

Venha

Venha, mas venha de verdade

Se quiser me dar seu amor

Que ele não seja mais ou menos

E que não seja pela metade

Faz esse amor transbordar

Mergulhas no meu sentimento

E lá no meu intimo faz me sonhar

Venha que abro o meu peito como uma fruta madura

Pra você entrar de verdade

Com a sua ternura

E sentir a doçura no que você vai provar

Mas provas e goste

Goste e fique

Que tenho muito mais carinhos pra te dar

Que será sempre seu

Que serei eu e você

Que será sempre nosso

Que será...

Celso Lacerda

terça-feira, 13 de julho de 2010

Discutir a relação

Para aonde vai isso?
Aonde quer chegar?
A palavra discutir pode até se encaixar em qualquer outra coisa, mas a conotação de sua pronúncia nos remete a uma idéia de discussão, de um desentendimento verbal, com troca de farpas e impalpérios. Discutir relação entre duas pessoas, por si só, carrega uma idéia já marcada no enunciado “discutir”, que o desfecho de tal evento não será agradável ou conciliador.
Visto que uma relação é um termo subentendido como junção, combinação. Sua união com a palavra “discutir”, retrata de imediato a quebra dessa relação e a busca por uma forma civilizada de dar um desfecho moralmente mais satisfatório à sociedade.
Muitos casais entram nesse processo por se compreenderem em dois mundos diferentes, tornando a relação insustentável, pois para muitos os aspectos individuais ao longo do tempo foram se tornando mais abrangentes e passando a atingir o outro em seu espaço. Já por outro lado, isolar o parceiro acentua uma falta de sintonia, ou encaixe em seus ideais e caminhos escolhidos, tornando-os desiguais e incompatíveis.
Tais fatores de desigualdade tornam-se mais evidentes quando a relação fica muda, sem uma comunicação consistente e constante, evidenciando uma total falta de pontos em comum, ou mesmo, uma falta de adaptação ao outro. Os casais nessa condição chegam ao ponto de não mais enxergar nada em comum que os façam manter uma relação satisfatória.
O que muitos se perguntam é qual o momento certo para se discutir uma relação? Quais os sinais mais relevantes para tal momento? Acredito que existem sinais bem claros e características bem particulares para tal avaliação. A insatisfação com o outro, o sentimento de solidão. São dois pontos principais, os mais relevantes no processo de avaliar a chegada do momento para se discutir uma relação.
Nesse processo de características insatisfatórias, o casal se sente mal, toma decisões divergentes, não se sensibiliza com a presença do outro e toma atitudes individuais e egoístas a ponto de irritar o parceiro. Forma-se um ambiente pesado, frio e com intervenções imprecisas.
Na busca por uma solução, os casais acabam por se digladiarem em disputas inconvenientes e até mesmo ridículas, atentando sob erros e características que até aquele momento eram toleradas por ambos, como meio fomentar um conflito eminente.
Muitos acreditam que os casais que se amam e tem uma vida sexual ativa não deixam brechas para tal tipo de situação, relacionando a atividade sexual com um conceito de combinação mais precisa e aperfeiçoada. Outros acreditam que a paixão é um dos fatores que torna mais evidente esse tipo de discussão, por se tratar de um sentimento imaturo e de características distintas quanto a sua durabilidade como relação. Também existem os que baseiam nas relações sexuais como fator de alta afinidade. Simplesmente pelo fato de se ter uma elevada atividade sexual, não permitindo espaços para tais discussões.
As relações caracterizadas pela paixão por muitas vezes tem um ciclo breve, por se tratar de uma relação de dependência. Onde uma das partes necessita de algo que a outra lhe fornece. O fato de uma das partes se beneficiar, ou mesmo sobreviver das benesses advindas da outra, nutre na parte dependente um sentimento de incapacidade de sobrevivência independente.
Por incrível que pareça, existem casais que mesmo reconhecendo que já não existem mais pontos em comum em seu relacionamento, insistem em sustentar tal situação, explicitando para tanto uma celebre frase: “Ruim com ele (a), pior sem ele (a)”. O que em muitos casos traduz a incapacidade e mesmo o comodismo na relação insatisfatória para o declarante. Mas que por outro lado visualiza uma total resignação, no que se refere a suportar o outro, por achar que não existe outra oportunidade de ser feliz e de recomeçar uma nova relação, simplesmente por receio de um novo fracasso.
Tem casais que passam a vida toda se detestando e mesmo assim nunca discutem a relação. Não se pode afirmar se por medo ou por receio de tal ação sair até morte. Outros chegam ao ponto de enterrar o companheiro e mesmo assim não deixam de relacionar e até mesmo divulgar sua má convivência com o outro. Geralmente falam mal e até mesmo rogam praga no defunto. Estes sintetizam uma verdadeira paranóia. Onde a parte que se considerava inferior na relação sente prazer com a morte do outro, achando que alcançou a liberdade. Infelizmente não enxerga que continua preso e submisso pós-mortem. Isso é que é masoquismo.
Uma pitada de humor também vale para esse assunto que é bastante discutido na contemporaneidade. Por ser considerado estraga prazer de muitos relacionamentos. A atitude de discutir a relação se tornou um tabu social, pois quando um quer discutir o outro nunca esta predisposto. Se em seu relacionamento surgir esse momento “Discutir a relação”, dê um ponto final e caia fora. Porque discutir relação só é agradável quando se trata de relação sexual. Aí sim! Já pensou? Você pode abrir um leque de possibilidade ao redor de tal discussão, enfocando as várias formas e gostos numa relação a dois. Isso sim é realmente a melhor forma de se discutir relação.

Prof. MSc Celso Almeida de Lacerda
Luis Eduardo Magalhães – BA.


terça-feira, 22 de junho de 2010

O momento é de voltar!

O momento é de voltar, voltar pra viver
Ficar descalço, pisar no chão
Pedir a benção e ter compaixão
Beber café na lata e pôr no fogo carvão
Acender o candeeiro e abolir a desilusão
O momento é de voltar, voltar pra viver...
Dizer sempre que ama e Sorrir com esperança
Abraçar com os braços, confiar e ter confiança
Chorar sentindo, olhar enxergando
Viver vivendo, tocar acariciando
O momento é de voltar, voltar pra viver...
Amar a vida, Beijar a flor
Ouvir o canto dos pássaros e sentir o amor
Gozar sem medo, gemer suave
Mergulhar no sentimento
Encontrar a felicidade
O momento é de voltar, voltar pra viver...
Vê que você existe
Amar em qualquer lugar
Ser gente, muito gente
E se entregar.
O momento é de voltar, Voltar pra viver.
Voltar, viver, amar....

Prof. Msc. Celso Lacerda

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Deixe renascer essa criança dentro de você!

Viver bem independe de dinheiro, de status, de vaidade e de coisas supérfluas. O processo da vida é interessante. As trocas acontecem e fazem parte do crescimento e continuidade da vida. A velocidade da vida muito acelerada atualmente, por sinal não pode ser pretexto para nos distanciarmos do nosso eu, do nosso referencial, do nosso ponto de partida, porque nossa história nunca morre, pelo contrário , vive pra sempre.
O seu “eu” criança deve estar sempre na sua vida, transbordando e acariciando o seu corpo. Não que isso queira dizer que você tenha que usar bico e fraudas para o resto da vida. Mas também se quiser continuar usando, nada lhe impede.
A gente vai buscando novos horizontes, novas conquistas e cada dia mais novas expectativas e relacionamentos são criados. Esses novos envolvimentos que vivenciamos no dia-a-dia nos torna pessoas sérias, ocupadas e cheias de responsabilidades, que não tem tempo, nem mesmo de se sentir e se observar.
As coisas ditas como sérias, geralmente, vão nos absorvendo, nos tornando outra pessoa e nos presenteando com um grande peso sobre as costas, um franzir da testa e um estresse sem limites e sem compaixão acompanhado de culpa.
Acorda, trabalha, entra e sai, vai e vem e os dias correm como um meteorito em direção a terra e muitos deles nem atingem seus objetivos e desaparecem na imensidão, agindo tal qual foguetes que dão chabu .
As cobranças, seja lá de qualquer natureza, trabalho, casamento, relacionamento, relógio, calendário, nos fazem grandes responsáveis E cumpridores de deveres, mesmo que custe ferimentos na alma e no corpo.
Os nossos direitos, os quais estão a nossa disposição em passos leves, já até sabemos quais são, bem poucos por sinal. Dá até pra decorar e se perdem pela falta de tempo de pensar. E os deveres, esses sim, se encarregam de embalar a nossa vida.
A cama sente até falta da gente, mesmo com um pouco tempo lutamos e a todo instante nos batemos contra ela. O travesseiro, esse coitado, é o nosso confidente mudo e recebedor de uma cabeça cheia e pesada.
E o tempo vai passando... Estudamos, profissionalizamos na busca de titulação e aÍ estamos com esse tão desejado título: administrador, contabilista, médico, advogado. De posse dele, vestimos essa fantasia e temos que fazer o que é de melhor e com isso já não somos mais aquela pessoa, ganhamos outros nomes. Na rua já não conhecem a gente com o nome de nascimento, mas sim com aquele nome que adquiriu com a profissionalização e o pior é que também absorvemos isso. Se for professor ainda fica mais fácil para os outros, a todo instante é “professor, professor, professor...”
Com o tempo e com o chegar da maturidade é que percebemos que somos donos dessa fantasia e aprendemos a lidar com a situação, mesmo carregada de uma aprendizagem constante, de um fazer sempre o melhor. Mas, observe: valorizamos demais essa fantasia e nos esquecemos de nós. E quem somos nós nesse processo, que buscamos todos os meios para viabilizar essa profissão? A profissão não passa de uma indumentária, um acessório. Quem é que carrega essa indumentária, esse acessório? Quem é que o faz brilhar? Tenha certeza que é você, é a sua vida que você abandona em detrimento da profissão.
É necessário que em paralelo a esse crescimento, a essa mudança e a essa profissão, não percamos de vista o nosso ser, quem você é e traga sempre consigo aquela criança, aquele brinquedo, aquela brincadeira E aquela inocência. Que aquele sorriso enfeite o nosso rosto e não saia somente da boca por acaso, mas que salte dos olhos e que como um desabrochar de uma flor distribua pétalas de felicidades.
Se as brincadeiras são tão necessárias para fazer tirar sorrisos que esses sorrisos se transformem em gargalhadas e que sirvam como remédios para a alma por que eles nos rejuvenescem. Observe que vai chegar o momento de sentirmos saudades de nós mesmos e isso se deve a falta de entrelaçamento do corpo, mente e espírito.
E o meu brinquedo? Lembro-me da minha bicicleta, a minha primeira bicicleta, era de segunda mão, mas era a minha bicicleta... Fiquei tão apaixonado por ela. Coloquei até um nome, chamava-se Jardilina. Olhe que para poder me afinar com Jardilina foi muito difícil, caí algumas vezes, machuquei o joelho, já me jogou contra a parede, mas eu tinha fidelidade. Quantas noites dormi pensando em Jardilina e até sonhava e ficava doido para chegar o outro dia para nos encontrar. E o meu carro de madeira com rodas de tampa de lata de leite? Com um cordão puxava-o para onde eu quisesse. E muitos outros brinquedos, que a minha cabeça criava e viajava.....
Tudo isso não me cobrava nada, nada me era imposto... Eram coisas prazerosas, eram coisas que me impulsionavam a viver, a criar, a me tornar mais feliz. E também as coisas belas que a natureza nos oferta todos os dias e que a gente passa despercebido, mesmo fazendo parte dela e sem cobrar nada: as plantas, as flores, o canto dos pássaros e os sussurros do mar e do mato.
Também um contar e ouvir piadas, um jogar de conversa fora, um toque, um pegar na mão sem querer, um piscar de olho, uma conversa bem baixinha no ouvido, uma música, um beijo, um suspiro...
Quando foi que já ficamos nos observando? Nos sentindo? Nos interiorizando? Quando foi que deixamos a água mesmo do chuveiro mandar no nosso corpo sem pressa? Quando foi que mesmo com sol no raiar do dia penetrando nos nossos olhos continuamos sentindo que ele adormecia? Quando foi que o despertador interrompeu o Seu sono e você olhou pra ele e disse ‘você não manda em mim’ e continuou a dormir? Quando foi que você se vestiu pra você mesmo?
Tem momentos em nossa vida que é necessário fugir de padrões, sair da mesmice, buscar o seu espaço Íntimo, o seu mundo interno, valorizar suas emoções, pensamentos e sentimentos.
A gente tem horas que necessita buscar o silêncio e até mesmo a solidão. Considero como solidão gostosa o momento de me entregar, me conhecer , me enxergar e sonhar. É como se fosse um tempo só feito pra mim que tem um valor imensurável.
Sonhar é bom. Vamos sonhar sempre... Mas não devemos fazer do nosso sonho cobranças para nós mesmos. Considero-me feliz, muito feliz porque até o momento, tudo que sonhei, possuo. Sabe por quê? Meu sonho tem limites e o meu limite é a minha satisfação e felicidade, é o momento em que o ter cede espaço para o ser.
O olhar de uma criança parece uma grande interrogação, todavia é carregado de uma suavidade, cheio de sinceridade. Elas falam as coisas sem medo e sabem dar respostas. Nem precisa dizer nada, com um choro para as coisas que lhe incomodam e um sorriso para as coisas que as alegram , deixam transparecer os seus sentimentos, não se envergonham de dizer verdades e falam o que realmente entendem.
Brincadeiras combinam com crianças... e por que com adulto não? E tem algo mais prazeroso do que uma brincadeira? E nessa brincadeira sem repressão, sem cobrança e sem medo... É o momento de trazer aquela criança que está dentro de nós, adormecida, que precisa acordar, desabrochar e dizer verdades e nos trazer a verdadeira felicidade do que é viver.
Prof. MSc. Celso Almeida de Lacerda
Barreiras – BA, 24 de maio de 2010.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mãe

Mãe, quando eu acordo,
Você já não está mais em casa,
Foi trabalhar.
Mas a sua presença continua...
No cheiro do café, no pão torrado,
No beijo que você me deu,
Enquanto eu ainda dormia.
Mãe, mesmo no silencio da casa
Eu ouço e sinto você.
Orgulho-me de ter essa mãe trabalhadora,
Que vibra no que faz,
Que sua o rosto na busca do alimento,
Suja a farda na batalha do dia-a-dia.
Não se refugia sob a proteção masculina
Para viver independente,
Não desiste da luta para vence.
Alem de tudo, tem sempre um sorriso sincero
Guardado pra mim.
Mãe, você mesma cansada
De um dia de trabalho, ainda me beija,
Procura saber como eu fui na escola,
O que merendei.
Se eu tenho ou sinto alguma coisa....
Mãe você me aceita como eu sou,
Elogia-me, protege-me.
Sempre ouço dos seus lábios; Deus te abençoe.
Mãe gostaria de ser um filho melhor pra você,
Porque você faz tudo isso pensando em mim.
Obrigado por você existir!
Mãe, amar você
É como amar a natureza,
É agradecer a Deus todos os dias

Celso Lacerda
Salvador – 10/05/1996

quinta-feira, 18 de março de 2010

Despedida

Por mais que eu queira me acostumar com a despedida, esse momento não deixa de ser difícil ,tenho sempre uma tristeza, um friozinho na barriga e um mal estar na alma. É como se tivesse fazendo algo forçado e que a minha liberdade de escolha não tem sentido, me embalando em uma única direção, a partida. Olho tudo ao meu redor, com um olhar embebecido e por mais que queira esconder-me, de nada adianta. Fixo o meu olhar no nada, fico sem graça. Meio cabisbaixo e sem direção, me escondo de mim mesmo. O coração dói, pulsa, acelera sem ritmo e um suor desponta, escorrendo sobre o meu corpo como se banhasse a minha tristeza e congelasse o meu sangue. O pouco tempo dispara, corre, e o relógio tão observado, é quem dá a ordem e bate o martelo. É chegada a hora, não tem jeito. Tenho que ir. Olho para a mala, companheira inseparável desse meu sofrimento e também das minhas alegrias quando retorno. Sei que ela já esta apostos, pronta para ser carregada enquanto eu me carrego de fragilidade. E a solidão começa a sinalizar e me embalar nos seus braços como se dissese “ você não está sozinho” , você está comigo”. E com esse enlace, sufoca a minha felicidade que a pouco carregava. E sem querer mergulho nesse momento de aceitação. E como resposta, uma pequenina lágrima desliza acariciando o meu rosto e um suspiro sem ar compartilha com o meu silêncio, e essa lágrima solitária também se despede do meu olhar, numa despedida pra sempre, que apesar de fazer essa trajetória no meu rosto, nunca mais voltará ao seu lugar. E eu ainda tenho a sorte de sonhar em voltar. E na minha saída lenta e apressada levo comigo a lembrança, que como um carretel de náilon vai desenrolando o seu fio carinhosamente até o local da minha chegada, onde amarro no meu coração.
Celso Almeida de Lacerda
Barreiras - Ba 18-03-2010

sábado, 6 de março de 2010

Adeus Condicionamento

Corri sem pensar...
Tive preconceito
Fui individual
Rotulei as pessoas
Mentir para salvar a pele
Vesti-me para os outros
Mudei meu linguajar
Tornei-me ingrato
Contei dinheiro
Paguei a toda hora
Entrei em filas
Intoxiquei-me com os produtos
Aceitei propagandas,
Estressei-me
Vivi para os outros
Esqueci de mim
Disse não quando queria o sim
Disse sim quando queria o não
Liberei meus ouvidos
Sufoquei meu pensar
Cobraram-me qualidade
Lambuzei o meu rosto
Fantasiei-me...
Chega. Quero viver...
Arrancar a mascara
Mudar, sorrir, sonhar...
Amar, amar e amar
Ser verdadeiro
Envolver-me com a natureza
E me encontrar.

Celso Lacerda
06/03/2010

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A Prostituta e As outras... De plantão.

Para Aurélio Buarque de Holanda, a prostituição é o “ato ou efeito de prostituir-se e/ou o comércio habitual ou profissional do amor sexual”, prostituta é uma “meretriz” e esta é aquela “(...) que pratica o ato sexual por dinheiro”, “mulher pública”. Já para Otávio de Freitas Júnior, prostituição é uma “atividade profissional cujo trabalho consiste em fornecer prazer sexual, pago, e realizado de modo sistemático”.
Creio que todos nós já ouvimos falar que a prostituição é a profissão mais antiga da humanidade, mas, como se percebe na atualidade, é algo que chama a atenção e que pode ser observado principalmente em vias publicas e nos grandes centros urbano.
Há até quem diga que as prostitutas são mulheres de vida fácil, opinião dada pela falta de conhecimento do que seja tal realidade. Essas mulheres mergulham nesse mundo de maneira inconsciente pensando ser algo passageiro para resolver certo problema e que depois tudo ficará bem, pois a vida voltará ao normal. Mas se enganam e, às vezes, é um caminho sem volta.
Pobres mulheres... Cada uma com histórias e dramas diferentes, mas necessidades parecidas. Sonhos e decepções se cruzam; derramam lágrimas, sorrisos e desesperos. Usam como enfeite um colorido chamativo e se embebedam com um cheiro que impregna as calçadas. A indumentária parece chocalho para que sejam vistas!
Pobres mulheres... Que são usadas, machucadas e abandonadas por olhares punitivos e que carregam feridas doídas na alma sem um toque de felicidade, sem escolha do seu preferido! Para onde a vontade por moedas conduz e embala o seu corpo em viagens mais tristes e o seu prazer se perde no meio do caminho sem atingir o mais sublime do sexo, que é a plenitude do orgasmo.
E, em troca dessa viagem maldita, ela leva consigo a moeda e a dor, como se fossem prêmios que não ganhou. No seu intimo está alojado um fantasma chamado insucesso que vai consumindo a sua vida, fazendo com que se evapore, e a juventude que a cada dia se despede do espelho num olhar cada vez mais sem brilho.
Pobres mulheres... Indefesas, que com o seu sofrimento buscam a própria segurança e a de seus filhos que, famintos, esperam migalhas como passarinhos sem bico e sem ninhos que os protejam!
Em um trabalho social desenvolvido por um órgão publico de Salvador – BA, cujo público alvo era a prostituta, uma delas com olhar cabisbaixo afirmou que quando está na via publica, a trabalho, às vezes algumas pessoas que passam nos coletivos fazem uso de xingamentos variados para lhe ferir. Nesse momento, ela respirou profundamente como se buscando ar e, com uma lagrima solitária a lhe escorrer pelo rosto, disse: “eles não imaginam que quando retorno para casa, antes de dormir, tenho um grande acerto de contas comigo mesma, nem a quantidade de lágrimas que deixo no meu travesseiro”.
E, aí, aparece a figura de e as outras, mesmo sem remuneração extra, sem precisão financeira, concorrendo com as pobres mulheres, contrastando com a prostituta, quebrando o paradigma de que “quem é bom já nasce feito”, sorriso despontando felicidade, saudável, dona da verdade. A sua afirmação de ordem é “eu sou direita”, como se esquerda só combinasse com posição política.
E, e as outras que se escondem na própria sombra, mas não querem essa dita profissão “prostituição”? Que profissão tem? E, e as outras não querem, não aceitam ou não se enquadram? Que coisa é essa? Será que o Aurélio se esqueceu de batizar com um vocábulo que atendesse a e às outras?
E, e as outras, que já tem segurança e não a querem perder, e tem passarinhos com bico e papo cheio, que possuem ninho confortável e tem até titulo da igreja para atender à vaidade de uma sociedade. Será que e as outras estão tirando o “ganha-pão” das prostitutas?
Se o Aurélio ainda não tem o vocábulo adequado para e as outras, vamos pelo menos tentar descrever alguns comportamentos: enquanto a prostituta faz questão de aparecer a e as outras se escondem. Mas, Já viram macaco escondido com o rabo do lado de fora? Enganam e se enganam; criam vários artifícios; buscam a tecnologia como interceptor de sexo, o psicólogo, o grupo de estudos, as consultas médicas, os shoppings, as viagens relâmpago, as academias e as sessões de “pilates”. Distorcem criatividade com armação; geralmente se sentem as coitadinhas, as estressadas, na ilusão de serem as poderosas. Para e as outras, essa invasão de profissão deve ser como “vou dar o pulo do gato”. Acontece que o gato tem sete vidas e, sendo assim, tem prazo de validade, o que significa que um dia ele morre e confere a e às outras diferentes “títulos”, só que fica por conta do dicionário popular.
Será que estou rotulando ou sendo preconceituoso com e as outras? Ou e as outras é que deveriam ser mais reais?
Graças a Deus, nem todas as mulheres são iguais as e às outras. Já pensou se fossem? Terminariam suas vidas com o pulo do gato... E observem que ele, o pulo, arranha, machuca, deixa sequelas e tudo termina sem o gato ou com o gato pelado!!

Por Celso Lacerda
Brasília, 21 de janeiro de 2010

sábado, 9 de janeiro de 2010

ABENÇOADO SEJA O GARI

Homem que acorda cedo!
Trabalhador, cidadão, pai de família que às vezes mesmo sem tomar o café pela manhã vai para a labuta
Trabalha com sorrisos largos, canta nas avenidas, becos, vielas...
Faz malabarismo com a lata de lixo, mostrando a satisfação pelo que faz.
Cuida da nossa cidade, preserva o meio ambiente
Com olhos atentos enxerga o minúsculo cisco que voa pela rua e desce pela ladeira a baixo.
Que num corre-corre durante 8 horas do dia ou da noite busca coletar todo o lixo deixando a cidade mais limpa.
É bravo gari! O que seria das outras profissões se não fosse a sua?
Que com cuidado e dedicação tira as sujeiras da rua e o mau cheiro que impregnam o ar deixando todas as outras profissões satisfeitas
Você não deveria somente ser homenageado no Natal nem no Ano Novo. Você deveria ser homenageado todos os dias, porque a sua profissão convive com todas as outras a todo instante
Todos os dias companheiro, gari, a gente sabe quando você chega, você não esconde a sua profissão. Podemos esta até de portas fechadas, mas você anuncia que está ali bem perto da gente com um vozeirão junto com seus colegas e um batucar das latas, dos baldes e o ruído que emite no pegar do saco plástico parece uma grande orquestra que se mistura com o frear lentamente do caminhão de lixo a todo momento parecendo um marcador de compasso de uma escola de samba.
Orgulhe-se de sua profissão e saiba que outras profissões estão trabalhando ombro a ombro com você.
Existem pessoas que estão na profissão errada e tem também aqueles que estão se fazendo de profissional de determinada área e não são credenciados. Só Deus sabe como conseguiram. Mas um dia a máscara cai e cai de maneira desonrosa.
Observe que quando abre uma seleção para contratação do profissional gari, muitas outras profissões engrossam essa fila no desejo de ter a sua profissão.
Graças a Deus que temos a sua profissão, você é gari, nosso colega, nosso companheiro.
Obrigado por você existir...
Celso Almeida de Lacerda
Professor da Uneb – Barreiras- Ba
Ex Coordenador de Desenvolvimento de Pessoal da Limpurb – Salvador Ba.
02.01.2010