quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Era uma vez...

Quem não se lembra dessa frase? Essa frase faz lembrar momentos especiais na história da vida de qualquer pessoa. Ela é como se fosse o ponto de partida para a contação de uma história e o namorar da cumplicidade do ouvinte.
As histórias possuem o poder mágico e sublime de abraçar a atenção de todos. O era uma vez… Está entrelaçado e é muito mais latente no tempo da infância. O contar história não deixa de ser uma arte, uma arte do ontem que possibilita florescer a vida das pessoas do hoje. Geralmente, esse contar história é exposto pela comunicação oral, mas com pitadas de gestos, risadas, gritos, caretas e, até mesmo, a modificação da voz em determinados acontecimentos. E, nesse momento de escuta e atenção, as crianças vivenciam o fato narrado e seguem mergulhando atentamente nas narrativas ocorridas. Interrogavam-se a ponto de ir construindo conhecimento e percebendo até mesmo a realidade de um tempo, um tempo que não é o seu e que só pela bela imaginação permitiria alcançar. Quando começava o era uma vez.. Era um prestar atenção, era o momento de ouvir histórias, de entrega para as inquietações da alma em querer sempre ouvir mais e mais.
Lembro-me perfeitamente que esse “era uma vez” vinha sempre pronunciado por pessoas amáveis e criativas, que promoveram esse primeiro contato e sonhos: minha mãe, pai, avós e pessoas especiais que faziam-me aflorar um mundo cheio de novidades e encantos. Além de estabelecer momentos prazerosos de atenção, amor, união e aconchego.
A criança precisa ouvir histórias para estimular sua imaginação, criatividade, observação, interpretação e a sua linguagem. Ouvir histórias é algo tão prazeroso que desperta o interesse das pessoas em qualquer idade. Esse ouvir história é um alimento saboroso para a alma em busca de um mundo cheio de mistérios que conduz à formação de valores. A criança tem um mundo que é só seu. Um mundo temperado de sonhos e imaginação que, mesmo estando perto ou distante da criança, enche-a de encanto e fantasia.
O “era uma vez” sempre nos levava a um mundo distante, a natureza, a santidade, ao medo, à tristeza, à alegria, à assombração, aos animais, às fadas, à escuridão, à luz, aos monstros, às florestas, ao céu e tantas outras coisas, mas geralmente nos presenteava no final das narrativas de todo esse mundo fantástico a frase: E foram felizes para sempre…
Celso Lacerda

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A felicidade está presente nas pequenas coisas que a gente permite vivenciar.

A minha casa na praia de jauá, algumas manhãs quando acordo me presenteia com um belo cenário.
A porta da suíte que da acesso para a varanda se abre durante a noite pelo vento advindo do mar. Essa porta é como se fosse a moldura de um quadro vivo
Ainda, deitado na cama fito os meus olhos nessa tela e sinto o alegrar da minha alma, ao contemplar esse quadro de exuberante beleza. O pintor sou eu mesmo.
A lagoa passa beirando o muro lentamente como se estivesse saudando minha casa. E as folhas esverdeadas das taboas bailam lentamente abraçadas com vento.
Ás vezes, os sapos coaxam na lagoa convidando suas fêmeas para o prazer.
De vez em quando o canto de pássaros variados invadem os meus ouvidos.
Os micos pulam de galhos em galhos e emitem guinchos e assobios.
Os assanhaços cantam e se deliciam em um meio mamão avermelhado,
O canário solitário desfila sobre a grama enfeitada de cristais que se derretem.
O João de barro sai da sua casa, lá do alto do poste, estufa o peito e solta o seu canto,
O bem te vi em espaços breves canta anunciando a sua chegada.
O sabia gorjeia em cima da chaminé da churrasqueira.
Um ninho abandonado de passarinho no telhado da varanda
O sol despontar no horizonte, tão perto dos meus olhos,,, parece que ele nasceu no mar, dono de um clarão cheios de reflexos amarelados e quentes marca a sua presença. É colírio para alegrar minha alma.
As nuvens correm parecendo uma esponja limpando o céu
Ás vezes, um galo canta e outro responde.
O azul do céu contracena com o azul da piscina.
Do outro lado da lagoa tem o mar, e esse, mais que poderoso, manda o seu cheiro e o seu barulho dizendo que ele existe,
Torço um pouco o meu pescoço, querendo ver mais… e maravilhado, contemplo a jabuticabeira, o mamoeiro, a amoreira, a caramboleira, o coqueiro, a romãzeira, os pés de pinha, cana, acerola, tangerina pocan e as flores.
A borboleta cruza com o beija- flor no ar saudando as flores.
Vejo e sinto tudo isso como se fosse um ritual da natureza, cumprindo o seu proposito. E eu ainda deitado, absorvendo esse espetáculo sagrado.
Levanto-me languidamente extasiado, carregando esse presente de Deus escrito pela natureza e sinto-me completamente feliz.
Celso Lacerda

Falsidade! Procure a sua turma!

Falsidade! Procure a sua turma!
O lugar mais quente do inferno deveria ser preparado para quem vive na falsidade. Ou não é? Há quem diga que a falsidade é algo perverso, sem pretexto, surgido nas relações competitivas, ou da necessidade de autovalorização de quem a pratica. Mas o que se percebe é de que, ela a falsidade acontece de um todo e de um tudo, ou de um nada. Volmir Pichek Borges, define a falsidade, assim: É o que não é verdadeiro, personalidade pessoal, pessoa falsa impõe e se humilha no mesmo ato ou instante pra conseguir o que quer, modifica até o tom de voz fica meigo e suave no mesmo tempo em que é rude e irônica.
A falsidade é como se fosse uma tatuagem que alguém dissimulado carrega no seu ser e que só a alma do outro enxerga e sente. O olhar da pessoa falsa é como lança sem ponta mais que perfura o seu próprio coração. Também nessa relação de pessoas falsas não deixa de ter pontos positivos e tem! Primeiro o livramento e depois a distância do que não é benéfico para o atingido.. O autor Rafael Silveira diz que: “Já percebeu? Querendo ou não, a falsidade vem de onde menos se espera!”. Com isso não deixa de ser o conhecido transformado em estranho. Que venham os falsos com suas falsidades, carregando as suas próprias doenças da alma! Tem cura!
Celso Lacerda

S-e-p-a-r-a-ç-ã-o incomoda muita gente !?

A palavra separação pode até se ajustar a qualquer outra coisa, mas a conotação de sua pronúncia na atualidade nos remete a uma ideia de relacionamento desfeito, término de um casamento. Normal!
Alguns casais ingressam nesse processo por se perceberem em dois mundos desiguais, tornando a relação insuportável, pois, para muitos, os aspectos individuais ao longo do tempo foram se tornando mais inclusivos, e passando a atingir o outro em seu espaço.
Os casais nessa condição chegam ao ponto de não mais enxergar nada em comum que os façam sustentar uma relação equilibrada; se sentem mal, tomam decisões divergentes, não se sensibilizam com a presença do outro; e tomam atitudes individuais e egoístas, a ponto de encolerizar os (as) parceiros (as). Cria-se um ambiente impertinente, frio e com intervenções não determinadas.
Na busca por uma solução, os casais acabam por se confrontarem em disputas inconvenientes e, até mesmo, ridículas; atentando sobre erros e características que até aquele momento eram consentidos por ambos, como meio de incitar um conflito iminente.
Ai é chegada a hora da separação! Cada um toma o seu rumo, seu espaço e vida nova. Nesse momento, é necessário que a pessoa, antes de tudo, ame a si mesma. O livro ‘Educação, obrigado pelo meu falar’, retrata esse momento mais ou menos assim, quando expressa o seguinte: “Tenha a coragem de sentir e perceber que é preciso cortar na própria carne, para saber o quanto você gosta de você mesmo e tenha orgulho da sua própria história de vida.”
No passarinho que não tinha asas, começam a crescer as penas, e ele voa. Voa até o céu e beija as estrelas. Não olha mais pra trás, nem pensa e nem tem saudade da gaiola. Mas não deixa de ter sentido a gaiola, uma vez que, para uns, é preciso passar por ela para saber o quanto é triste somente assoviar, sem poder cantar.
Na questão da separação tem também aquele (aquela) que parece que não se fez feliz, não conseguiu, continua reclamando da vida e se escondendo de si mesmo, e o pior, se alimentado da sua própria infelicidade. Aí, não tendo mais nada o que fazer em relação ao acontecido, nesse longo tempo de silêncio, tenta entrar em cena de maneira sórdida, querendo atingir o outro (a). Aí já é caso de polícia! Ou não é? Parece até que a pessoa tem saudade daquele tempo! Interessante nisso tudo é que ainda tem gente que tem até saudade do que é ruim. Acredita?
Não suporta o sucesso do outro (a) e, é claro, o seu próprio insucesso. Com isso, convive com um grande conflito, não tem amor próprio e o que lhe resta é mergulhar em estado de luto. A pessoa mal amada é tão infeliz... Ao ponto de não ter harmonia, até mesmo com a sua própria alma. Pena!
O tempo passa... O mundo gira, as coisas mudam... Nem aquelas lembranças são lembradas, nada de prisioneiro do passado. E, se por um descuido, lembrar-se da gaiola é motivo até de risos.
Celso Lacerda.

Cinismo é o veneno dos maus!?

A pessoa cínica se apresenta com traços de “bom moço”, prestativa, ingênua… Fala baixo com a boca, mas em compensação, fala alto com os olhos. Faz uma caminhada na busca de adquirir uma confiança do outro a ponto de querer a todo custo se transformar em uma pessoa amiga, respeitosa, de boa índole… E que não é! Com o seu jeito rasteiro tem a facilidade de observar a realidade das coisas, do espaço e do ambiente, do qual está em cena, do seu foco e tem a sede incontrolável de interagir com pessoa em um determinado fato e ou acontecimento. Saber da vida do outro!
Essa pessoa não deixa de ser um ser humano, mas é portadora de uma dificuldade em confiar e conviver com o outro. Todavia, carrega um grande peso na sua consciência, cheio de infelicidade. Suspeita de todos, e o seu sorriso é pela metade. Tem uma grande necessidade de bajular o próximo e em dizer em bom tom que é amigo dele e fica ansioso na espera de ter como uma resposta: “claro, confio em você”. Por mais que essa pessoa se esforce para ter um olhar sereno e olho no olho com os outros não consegue. Então, o que lhe resta nesse momento, é dar atenção às formigas, que lhes convida pra comtemplar o chão. É mais proveitoso!
Na cabeça da pessoa cínica paira o sentimento de que a outra pessoa não passa de um mero objeto, de uma coisa material que pode ser manipulada, sem expressão nenhuma. O que se percebe é que a pessoa cínica é falsa consigo mesma, fraca de espirito e não tem a certeza e nem acredita no seu grau de inteligência. Mas se alimenta com a sua própria frustação e pensa que realmente ninguém lhe ofertará amor, então também não dará amor ao outro. Com isso, não deixa de ser uma pessoa mal amada, dissimulada e doente da alma. Já dizia o proverbio: Quem não te conhece, que te compre.
Segundo léxico: dicionário de português online “ Cínico diz-se de ou designa o que ou quem menospreza as normas sociais e os pensamentos e opiniões normalmente aceites pela sociedade; sem-vergonha, ousado ou descarado; indivíduo sem pudor ou vergonha; atua com hipocrisia e/ou sarcasmo”. A pessoa cínica tem o prazer de desestabilizar o próximo de maneira que ele passe maus momentos a ponto de ferir a sua alma. E o cínico permanece no palanque da maldade se nutrindo com a infelicidade do outro. Pobre de espirito!
Conviver ou lidar com pessoa cínica é muito difícil e constrangedor. Ela é a dona de um caráter duvidoso, cheio de sedução e esperteza, trazendo consigo um fingimento de ser alguém bondoso, amável… Mas é capaz de até mesmo num momento de devaneio e de dono da verdade falar em moralidade sem ter ao menos a consciência moral. Para Sloterdijk , o cinismo é como “a falsa consciência esclarecida”.
Deus nos livre de pessoas assim! São negativas por excelência! É necessário buscar pessoas verdadeiras pra fazer parte da vida da gente e não permitir jamais, ser enganado em qualquer circunstância e nem ser instrumento de uma farsa.
Se ainda existe cobra com veneno é porque ainda tem pessoas, que não retiraram e nem aceitaram dela o veneno. Então não esta contaminada! Pode-se ainda confiar e entregar o coração sem medo para alguém especial! Graças a Deus!
Celso Lacerda

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O carnaval acabou, mas a careta fica!?

O povo brasileiro é assim mesmo! Sabe sofrer, chorar, sorrir, aceitar... Para participar dessa folia paga o que pode e o que não pode, mas com certeza marca presença. O inseparável  cartão de credito não deixará na mão. Esse é o responsável  para dividiu o valor cobrado da fantasia, do beber e do comer que não deixa de ser  o grande passaporte para a folia. Com isso, compra abada seguindo as ordens das empresas “fabricas do carnaval” comandado por gananciosos mega empresários. Que volte a mortalha! A mortalha era uma fantasia confeccionada por um tecido qualquer, de custo baixo, acessível para as pessoas.
Segundo o site Brasil escola “A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã”.
Se realmente o significado de carnaval  for mesmo retirar a  carne, então vamos ter carnaval por vários anos.  Se não quiser esse “carnaval” aceite o conselho desse governo PT, inoperante e cheio de roubalheira que sugere “trocar ovo por carne”. Que ele também troque urgentemente roubalheira por decência. E ainda, para completar a farra do boi, um canalha  do PT afirmou: “Povo só comia carne se mordesse a língua”. Então vai ter muita gente, convivendo com a língua dolorida e  enxada. E sobre a campanha do “coma ovo para o governo baixar a inflação” não duvide acontecer também, à fuga das galinhas. Ai meu ovo!
Mas é carnaval! Imaginar na nefasta  inflação e na crise  econômica do Brasil nem pensar! Também que esvaziou o dinheiro do bolso no carnaval e que, o facilitador cartão de credito ira compartilhar efetivamente para a diminuição do salário da vergonha por longo tempo. Nem pensar!
É carnaval! O sorriso ganhou espaço, o grito de felicidade tomou força, o rebolado e o gingado contracenaram e encheu a alma de alegria. Tudo isso pelo menos por quatro ou cinco dias. Amor de carnaval!
É quarta-feira de cinzas, dia das cinzas... A máscara cai! É o momento de voltar  ao “normal”! Rasgar a fantasia, mas trazendo consigo a careta para casa.
Celso Lacerda.