quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A felicidade está presente nas pequenas coisas que a gente permite vivenciar.

A minha casa na praia de jauá, algumas manhãs quando acordo me presenteia com um belo cenário.
A porta da suíte que da acesso para a varanda se abre durante a noite pelo vento advindo do mar. Essa porta é como se fosse a moldura de um quadro vivo
Ainda, deitado na cama fito os meus olhos nessa tela e sinto o alegrar da minha alma, ao contemplar esse quadro de exuberante beleza. O pintor sou eu mesmo.
A lagoa passa beirando o muro lentamente como se estivesse saudando minha casa. E as folhas esverdeadas das taboas bailam lentamente abraçadas com vento.
Ás vezes, os sapos coaxam na lagoa convidando suas fêmeas para o prazer.
De vez em quando o canto de pássaros variados invadem os meus ouvidos.
Os micos pulam de galhos em galhos e emitem guinchos e assobios.
Os assanhaços cantam e se deliciam em um meio mamão avermelhado,
O canário solitário desfila sobre a grama enfeitada de cristais que se derretem.
O João de barro sai da sua casa, lá do alto do poste, estufa o peito e solta o seu canto,
O bem te vi em espaços breves canta anunciando a sua chegada.
O sabia gorjeia em cima da chaminé da churrasqueira.
Um ninho abandonado de passarinho no telhado da varanda
O sol despontar no horizonte, tão perto dos meus olhos,,, parece que ele nasceu no mar, dono de um clarão cheios de reflexos amarelados e quentes marca a sua presença. É colírio para alegrar minha alma.
As nuvens correm parecendo uma esponja limpando o céu
Ás vezes, um galo canta e outro responde.
O azul do céu contracena com o azul da piscina.
Do outro lado da lagoa tem o mar, e esse, mais que poderoso, manda o seu cheiro e o seu barulho dizendo que ele existe,
Torço um pouco o meu pescoço, querendo ver mais… e maravilhado, contemplo a jabuticabeira, o mamoeiro, a amoreira, a caramboleira, o coqueiro, a romãzeira, os pés de pinha, cana, acerola, tangerina pocan e as flores.
A borboleta cruza com o beija- flor no ar saudando as flores.
Vejo e sinto tudo isso como se fosse um ritual da natureza, cumprindo o seu proposito. E eu ainda deitado, absorvendo esse espetáculo sagrado.
Levanto-me languidamente extasiado, carregando esse presente de Deus escrito pela natureza e sinto-me completamente feliz.
Celso Lacerda

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