quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

S-e-p-a-r-a-ç-ã-o incomoda muita gente !?

A palavra separação pode até se ajustar a qualquer outra coisa, mas a conotação de sua pronúncia na atualidade nos remete a uma ideia de relacionamento desfeito, término de um casamento. Normal!
Alguns casais ingressam nesse processo por se perceberem em dois mundos desiguais, tornando a relação insuportável, pois, para muitos, os aspectos individuais ao longo do tempo foram se tornando mais inclusivos, e passando a atingir o outro em seu espaço.
Os casais nessa condição chegam ao ponto de não mais enxergar nada em comum que os façam sustentar uma relação equilibrada; se sentem mal, tomam decisões divergentes, não se sensibilizam com a presença do outro; e tomam atitudes individuais e egoístas, a ponto de encolerizar os (as) parceiros (as). Cria-se um ambiente impertinente, frio e com intervenções não determinadas.
Na busca por uma solução, os casais acabam por se confrontarem em disputas inconvenientes e, até mesmo, ridículas; atentando sobre erros e características que até aquele momento eram consentidos por ambos, como meio de incitar um conflito iminente.
Ai é chegada a hora da separação! Cada um toma o seu rumo, seu espaço e vida nova. Nesse momento, é necessário que a pessoa, antes de tudo, ame a si mesma. O livro ‘Educação, obrigado pelo meu falar’, retrata esse momento mais ou menos assim, quando expressa o seguinte: “Tenha a coragem de sentir e perceber que é preciso cortar na própria carne, para saber o quanto você gosta de você mesmo e tenha orgulho da sua própria história de vida.”
No passarinho que não tinha asas, começam a crescer as penas, e ele voa. Voa até o céu e beija as estrelas. Não olha mais pra trás, nem pensa e nem tem saudade da gaiola. Mas não deixa de ter sentido a gaiola, uma vez que, para uns, é preciso passar por ela para saber o quanto é triste somente assoviar, sem poder cantar.
Na questão da separação tem também aquele (aquela) que parece que não se fez feliz, não conseguiu, continua reclamando da vida e se escondendo de si mesmo, e o pior, se alimentado da sua própria infelicidade. Aí, não tendo mais nada o que fazer em relação ao acontecido, nesse longo tempo de silêncio, tenta entrar em cena de maneira sórdida, querendo atingir o outro (a). Aí já é caso de polícia! Ou não é? Parece até que a pessoa tem saudade daquele tempo! Interessante nisso tudo é que ainda tem gente que tem até saudade do que é ruim. Acredita?
Não suporta o sucesso do outro (a) e, é claro, o seu próprio insucesso. Com isso, convive com um grande conflito, não tem amor próprio e o que lhe resta é mergulhar em estado de luto. A pessoa mal amada é tão infeliz... Ao ponto de não ter harmonia, até mesmo com a sua própria alma. Pena!
O tempo passa... O mundo gira, as coisas mudam... Nem aquelas lembranças são lembradas, nada de prisioneiro do passado. E, se por um descuido, lembrar-se da gaiola é motivo até de risos.
Celso Lacerda.

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