sexta-feira, 23 de maio de 2008

Vidas distantes

O mesmo teto,
A mesma cama,
Os mesmos silêncios
O mesmo drama.
A indiferença envolve,
Os defeitos afloram
A presença é assombração
O sexo evapora.
A competição fortalece
O tesão é tensão
Os horários se perdem
O corpo não tem coração.
É conveniente?
Só porque existe algo positivo?
Você não é metade. É inteira.
Suporta?
Só porque alguém exige?
Você não tem dono. É livre
Aceita a situação?
Só porque você permite?
Você não é estática. É vida.
Pense, grite...
Não deixe que a conveniência
Queime o teu corpo. Reaja.
Os dias passam...
Você se fere,
Você se anula...
Lembre-se que muitos
Levaram essa queimadura
Até a sepultura.

Por Celso Lacerda
06.06.1996

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